O exame PET scan, também chamado de tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, é um exame de imagem muito utilizado para diagnosticar precocemente o câncer, verificar o desenvolvimento do tumor e se há metástase. O PET scan é capaz de mostrar como o corpo está funcionando, através da administração de uma substância radioativa, chamada de traçador, que quando absorvida pelo organismo, emite radiação que é captada pelo equipamento e transformada em imagem.
O exame não causa dor, no entanto pode causar desconforto se a pessoa for claustrofóbica, pois é feito num equipamento fechado. Além de ser muito aplicado na oncologia, o PET scan também possui utilidade no diagnóstico de doenças neurológicas, como o Alzheimer e a epilepsia.
O PET scan é um exame disponível em planos de saúde e no SUS que só é realizado para investigação, diagnóstico e acompanhamento de câncer de pulmão, linfomas, câncer de cólon, câncer de reto e doenças imunoproliferativas, como o mieloma múltiplo, que é uma doença em que as células do sangue começam a proliferar e se acumular na medula óssea.
Para que serve
O PET scan é um exame de diagnóstico diferente dos demais exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, por exemplo. Isso porque permite visualizar os problemas a nível celular através da emissão de radiação, ou seja, é capaz de verificar a atividade metabólica das células, identificando o câncer precocemente, por exemplo.
Sendo assim, o PET/CT ajuda a detectar mais precisamente os mais diversos tipos de cânceres e tumores, segundo a Resolução Normativa da ANS 338/2013, como:
- Linfoma;
- Câncer de Pulmão;
- Câncer de Mama;
- Nódulo Pulmonar;
- Câncer Colorretal;
- Melanoma;
- Câncer de Cabeça e Pescoço;
- Câncer de Esôfago.
O PET/CT também pode auxiliar no diagnóstico do Câncer de Próstata, se administrado com PSMA
Além da aplicação na identificação do câncer, o PET scan pode ser utilizado para:
- Detectar problemas neurológicos, como a epilepsia e demências;
- Verificar problemas cardíacos;
- Monitorar a evolução do câncer;
- Monitorar resposta à terapia;
- Identificar processos metastáticos.
O PET scan também é capaz de determinar o diagnóstico e definir prognóstico, ou seja, as chances de melhora ou piora do paciente.
Como é feito
O exame é feito com a administração oral, através de líquidos, ou diretamente na veia de um traçador, que normalmente é a glicose marcada com uma substância radioativa. Pelo fato do traçador ser a glicose, esse exame não traz risco à saúde, já que é facilmente eliminada pelo organismo. A administração do traçador deve ser feita em jejum de 4 a 6 horas, de acordo com a orientação médica, e o PET scan é feito após 1 hora, para dar tempo da substância radioativa ser absorvida pelo organismo, e dura cerca de 1 hora.
O PET scan faz uma leitura do corpo, capturando a radiação emitida e formando imagens. Na investigação dos processos tumorais, por exemplo, o consumo de glicose pelas células é muito grande, pois a glicose é a fonte de energia necessária para a diferenciação celular. Assim, a imagem formada terá pontos mais densos onde houver maior consumo de glicose e, consequentemente, maior emissão de radiação, o que pode caracterizar o tumor.
Após o exame é importante que a pessoa beba muita água para que o traçador seja eliminado mais facilmente. Além disso, pode ser que haja sintomas discretos de alergia, como vermelhidão, no local em que foi injetado traçador.
O exame não tem contra-indicações, podendo ser realizado até mesmo nas pessoas que têm diabetes ou problemas renais. No entanto, as mulheres grávidas ou que estejam amamentando não são aconselhadas a realizar esse exame diagnóstico, já que é utilizada uma substância radioativa que pode afetar o bebê.